Odília Nunes
Com uma poética nos seu movimentos, Odília cria um elo simétrico entre o palhaço e a platéia, que por sua vez se sente a vontade como numa conversa particular, e assim expressando-se espontâneamente sobre tudo que lhe é oferecido pela brincante. Isso é apenas um aperitivo do que realmente é Decripolou Totepou...
Vai já pra dentro menino! – Manuel Bandeira
Vai já pra dentro menino!
Vai já pra dentro estudar!
É sempre essa lengalenga
Quando o que eu quero é brincar…
Vai já pra dentro estudar!
É sempre essa lengalenga
Quando o que eu quero é brincar…
Eu sei que aprendo nos livros,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso saber tudo!
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso saber tudo!
Há tempo pra conhecer,
Há tempo pra explorar!
Basta os olhos abrir,
E com o ouvido escutar.
Há tempo pra explorar!
Basta os olhos abrir,
E com o ouvido escutar.
Aprende-se o tempo todo,
Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim
Terminando no começo!
Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim
Terminando no começo!
Se eu me fecho lá em casa,
Numa tarde de calor,
Como eu vou ver uma abelha
A catar pólen na flor?
Numa tarde de calor,
Como eu vou ver uma abelha
A catar pólen na flor?
Como eu vou saber da chuva
Se eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
Se eu nunca me queimar?
Se eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
Se eu nunca me queimar?
Como eu vou saber da terra,
Se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
Sem aprender a gostar?
Se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
Sem aprender a gostar?
Quero ver com os meus olhos,
Quero a vida até o fundo,
Quero ter barro nos pés,
Eu quero aprender o mundo!
Quero a vida até o fundo,
Quero ter barro nos pés,
Eu quero aprender o mundo!
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